Por Diego Nascimento
O silêncio pode ser manifestado de diferentes formas e não importa a idade: cada ser humano tem a chance de fazer da comunicação verbal uma segunda opção. Já escrevi sobre fofoca na vida e no ambiente de trabalho, a respeito de discórdias onde palavras não foram medidas durante o diálogo e até contei aventuras de alguns leitores que se depararam com recados totalmente sem sentido e divulgados por meio de outdoors, placas, etc… Se hoje você está esperando um ensinamento nessa linha, acalme os ânimos e raciocine comigo.
Vou resumir o que chamarei de “Prática do Silêncio” em quatro grupos. Todas as definições são minhas e baseadas em observações do cotidiano:
- O Silêncio do Respeito: é tradicional e geralmente encontrado em igrejas, peças de teatro, óperas e eventos onde uma ou mais pessoas coordenam atividades que exigem atenção e concentração (a menos que o interlocutor peça a interação do público);
- O Silêncio da Cumplicidade: é perigoso, nocivo e mais comum do que se imagina. Faz parte da realidade de pessoas que sabem que são cúmplices ou praticantes de algo errado e, quando confrontadas sobre o problema, optam por “calar a boca” e deixar rolar mesmo que a situação conflite com princípios familiares e até confessionais;
- O Silêncio da Reflexão: acontece em momentos de alegria ou amargura. É quando você precisa ficar só, para pensar sobre uma excelente notícia, uma vitória alcançada ou desafio a ser enfrentado;
- O Silêncio Corporativo: longe de abranger profissionais apáticos no ambiente profissional (esse é assunto para outro dia), o Silêncio Corporativo está ligado à concentração, rendimento do trabalho e respeito mútuo. Uma conversa ao longo do expediente faz bem, desde que seja na hora certa, no devido tom de voz para o local e com assuntos que valham a pena. Fora isso, o silêncio é uma atitude que em muitos casos rende bons frutos para a empresa e para o profissional (tarefas feitas com mais atenção, cumprimento de prazos … e a lista continua).
Faço parte de um grupo de empreendedores que escreve a ministra palestras sobre diversos assuntos. A internet é rica em materiais que tratam do foco no trabalho mas o Rei Salomão, que segundo a Bíblia foi o homem mais sábio na face da Terra, buscou a inspiração divina para registrar um ensinamento a respeito do tempo certo, incluindo o silêncio na lista de prioridades. Eclesiastes, capítulo 3, versículo 7 diz: “tempo de calar, tempo de falar.” O livro de Provérbios, capítulo 17, verso 18 enfatiza: “Até o insensato passará por sábio se ficar quieto e, se contiver a língua, parecerá que tem discernimento.”
Sugiro que visite os tipos de silêncio que registrei e avalie se você conhece alguém que precisa de um pequeno ajuste por falar demais, provocando o desentendimento nas relações humanas ou mesmo sendo instrumento para a falta de concentração dentro da empresa. Sabedoria não se encontra em livros: ela é fruto de vivência e observação. Que a boa Conduta no Mundo Corporativo e na Vida possa impactar pessoas a todo instante.