Por Diego Nascimento

Sim! É a mais pura verdade que as intrigas ainda habitem corredores e salas mundo afora. Meus amigos consultores sempre compartilham dos problemas que empresas (e não importa se são públicas, privadas ou terceiro setor) enfrentam para “cortar pela raiz” as briguinhas entre colegas, comentários maldosos nos setores e ciúmes despertados por causa da promoção de A ou B. E se você for estudante, observe que isso acontece com frequência na educação básica (sim, até as crianças) e nas universidades. Mas onde tudo isso começa?

Dentro de nós. Simples assim. Na minha terra o hábito de incentivar desentendimentos é conhecido como “pôr lenha na fogueira” e acredite: tem gente craque nesse assunto e que demonstra um grande talento para o mal. Vivi isso de perto no ensino médio, na graduação, pós-graduação e em trabalhos exercidos. Não é por acaso que os processos seletivos para vagas no mercado de trabalho estão cada vez mais rigorosos e, mesmo assim, há quem dure pouco no serviço por causa do baixo aproveitamento da inteligência emocional.

O que vou contar agora é triste e baseado em fatos reais: a personagem X sempre se gabava de seus conhecimentos e fazia da soberba uma companheira fiel. Com frequência a personagem X, talvez frustrada com a monotonia de seus dias, pegava o telefone celular e fazia uma chamada para a personagem Y, inventando que a personagem Z havia contado segredos íntimos sobre ela. Tão logo o telefone era desligado X fazia o caminho contrário, ligando para Z e acusando Y de ter feito a mesma coisa.  Furiosas com essa revelação, Y e Z iniciavam uma verdadeira guerra na tentativa de tirar satisfação, proteger suas famílias e, enquanto isso, X assistia tudo de camarote e alimentando o péssimo hábito de criar intrigas.

Defendo a ideia de que o diálogo resolve muita coisa. Qualquer início proposital de desentendimento precisa ser analisado, corrigido e tratado. Conheço líderes que fazem vista grossa e deixam a bomba explodir. O tempo passa e as discórdias se tornam comuns naquele meio, influenciando o cotidiano do indivíduo, do setor, da empresa … é como uma pequena faísca caindo sobre um monte de palha. E se mesmo com o tratamento a pessoa continuar com essa ânsia de prejudicar os outros? Demissão. Algumas ervas daninhas são resistentes demais e precisam sair de cena.

Entendeu mal? Esclareça. Ficou triste com algum comentário? Manifeste com serenidade, mas não guarde rancor. Testemunhou uma intriga? Fique no time dos pacificadores. A própria Bíblia Sagrada nos alerta sobre o tema em Provérbios 15:18 “O homem irritável provoca dissensão, mas quem é paciente acalma a discussão.”

Vejo você no próximo artigo!

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