Por Diego Nascimento

Sempre escrevo sobre dicas de comunicação e marketing pessoal, mas hoje quero tratar de força de vontade. Isso mesmo: sair da zona de conforto e fazer algo que valha a pena. A cada dia percebo uma terceirização de responsabilidades que gradualmente abre uma “cratera” entre teoria e prática. Vivemos na época do “falar muito” e “fazer pouco.” Discordo dessa forma de pensar e vou explicar os motivos.

Qualquer coisa na atualidade gira em torno das gerações X, Y e Z (categorias que dividem as pessoas nascidas a partir de 1980). Eu faço parte desse grupo e afirmo com a maior tranquilidade: não temos nada de especial. É visível os paparicos que recebemos da mídia e de outros setores da sociedade que insistem em dizer que necessitamos de um tratamento diferenciado e que somos fruto da era da conectividade. Tudo bem. O mundo mudou e, de fato, nossa visão sobre determinadas áreas pode ser mais abrangente, como também pode ser restrita em virtude de uma certa inexperiência. Não há dúvida de que as metodologias de ensino, do exercício do empreendedorismo e até de consumo precisaram fazer muita ginástica para uma adaptação ao “nosso” jeito de ver o universo e, também, para captar “nossa” atenção. Esse é o futuro.

Por outro lado, todo esse movimento de renovação me incomoda quando vejo alguns jovens na posição de semideuses, simplesmente porque a certidão de nascimento os coloca nas gerações que falei agora pouco. Chega a ser patética a maneira como muitos justificam o comodismo e um cotidiano baseado exclusivamente em curtição (afinal de contas são especiais). Querendo ou não somos fruto de uma era que antecede o boom dos X, Y e Z e que tem sustentado a economia mundial até hoje (sobreviveram por longos anos sem internet e celular) e, mesmo assim, é lamentavelmente alvo de críticas profundas.

Encerro dizendo mais uma vez que não temos nada de especial. Somos seres humanos nascidos em uma época diferente e ponto. Ao invés de terceirizarmos responsabilidades, sob a simples e ridícula afirmação de que somos X,  Y e Z, precisamos sustentar o presente em prol do amanhã que, sem sombra de dúvidas, será muito mais desafiador. Não importa a letra do alfabeto que te representa, saiba que a ausência de força de vontade é danosa para qualquer geração. Saia do lugar! Jogue o prazer do comodismo pela janela! E como diria o grande economista Milton Friedman: “Não existe almoço grátis.”

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