Por Diego Nascimento
Simples assim: regras são regras. Sou parte do time daqueles que estão fartos de “jeitinho pra cá”, “jeitinho pra lá” e já escrevi antes sobre os malefícios do “jeitinho brasileiro.” Essa expressão, aparentemente tão inofensiva e lamentavelmente atribuída à cultura do nosso país, tem feito a sociedade inteira enfrentar problemas de ordem social, política, econômica, educacional e até espiritual por causa da quebra de regras. E não me venha dizer que “é só de vez em quando”, pois, toda árvore começa com uma pequena semente; pragas também.
Concordo que nunca atingiremos a perfeição em nossa vidas, no entanto, temos a responsabilidade de lutar pela excelência no que fazemos. É o meu e o seu nome que está envolvido. Não sou do tipo legalista e “cabeça dura”, mas estou cansado de quem discursa horas contra o sistema político e, ao chegar em casa, tem atitudes escandalosas e nojentas com a própria família. Isso inclui as inúmeras fraudes que enfrentamos na aquisição de produtos ou na prestação de serviços simplesmente porque o “fornecedor” optou por “dar um jeitinho” para sair na vantagem. Chega! É hora de darmos um basta!
Garanto que esteja se perguntando: “Qual a ligação disso com sua área de trabalho, Diego?” Atuo com Comunicação, Ética Profissional e Marketing Pessoal. São três pilares onde regras são regras e funcionam como uma balança entre as decisões a serem tomadas. A maioria dos leitores de meus artigos ou participantes de palestras e treinamentos não fazem ideia do que chega em meu e-mail ou WhatsApp: há pessoas perto de você que estão buscando atalhos perigosos, com base no jeitinho, e vão ter como destino o fundo do poço. Alguns conseguem ser alertados (às vezes somos uma placa de sinalização na vida de outros) e se salvam a tempo, mas infelizmente há quem ignora os chamados e enfrenta consequências drásticas e incalculáveis. O mais triste é que ninguém sofre sozinho: família, amigos, colegas de trabalho … todos são envolvidos de alguma forma.
Sei que em algumas situações as regras precisaram ser quebradas para salvar a vida de alguém. Ótimo! Eu faria o mesmo! Esse é o único caso em que eu ousaria sair dos limites; o que passar disso é puro amadorismo. Atendo a empresas nacionais e multinacionais e sempre abordo esse tema durante os diálogos com as mais variadas equipes. Avalio que o maior problema para a sobrevivência do “jeitinho brasileiro” seja o ego. Quem burla regras quer mostrar que sabe mais que outro ou “provar” alguma coisa e, no final … tudo se enrosca.
Termino pedindo calma e dizendo que o livro de Provérbios, capítulo 3, versos 5, 6 e 7 traz a receita certa para quem quer mudar o jeito de ser (para melhor, é claro). Lá diz: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Que tal fazer uma avaliação sobre tudo o que eu disse e estender essa mensagem a quem precisa de mudança?
Então, corra! O relógio está girando … TIC, TAC, TIC, TAC.