Por Diego Nascimento

Meus artigos são lidos nas versões Português/Inglês em mais de trinta países mundo afora (os gráficos do Google confirmam) e, por essa razão, tenho a tarefa de orientar meus leitores sobre diversos temas. Entre eles está o uso correto do idioma escrito e falado. O fato de eu ter amigos de diferentes nacionalidades tem mostrado que o uso excessivo e inadequado de gírias também tem dificultado a comunicação em variados cantos do planeta. É um problema que tem invadido o mercado de trabalho, salas de aula e, pasme, traz transtornos de comunicação até dentro das famílias. Daqui consigo ver sua expressão de espanto (risos…). Apenas peço que continue comigo e entenda as razões.

No Brasil, por exemplo, basta sair pelas ruas para ouvir palavras que soam estranhas aos ouvidos, mas que são comuns para novas gerações ou grupos mais antigos que ainda sustentam terminologias que pertencem ao passado e que criam barreiras nos diálogos de hoje. O pior é quando uma pessoa maltrata as palavras por meio de pronúncias completamente erradas, fora do contexto verbal e com zero de concordância. Um verdadeiro crime contra a língua materna que, se analisarmos, é um patrimônio público.

Já participei de inúmeras entrevistas de emprego (na figura de recrutador) em que candidatos tinham muita boa vontade e aparente esforço, mas quando começavam a falar jogavam por terra todas as expectativas apresentadas pelo currículo. Triste realidade. E com relação à escrita? Pior ainda. Oferecem “dia livre” para o ponto final, vírgula e outros sinais de pontuação que dão sentido ao texto. Como confiar tarefas de atendimento ao público (interno/externo) ou mesmo um emprego em vendas para quem faz questão de torturar o uso correto do idioma?

Concordo que existe uma parcela da população que apresenta limitações em virtude de uma defasagem escolar (e que pode ser recuperada), porém, sei de grupos que ignoram o bom vocabulário e que por preguiça ou modismo perdem grandes oportunidades simplesmente por optarem por palavras e expressões estranhas e deselegantes. De qualquer modo, deixo claro que não estou rogando pelo uso de um linguajar rebuscado; apenas clamo por bom senso e prática. Compreenda também que há determinadas comunidades que, por uma questão cultural e de longa data, fazem uso de um sistema de linguagem próprio e que deve ser respeitado. Em nenhuma hipótese o bullying é justificável.

Encerro dizendo o seguinte: talvez você pense que, para determinadas funções, o uso de um vocabulário inadequado e repleto de gírias não ofereça problemas. Engano seu. Somos seres humanos formados por hábitos e esse é o melhor momento para mudar o rumo de sua vida. O que é divertido hoje pode se tornar um assunto sério na hora de buscar trabalho, participar de um curso ou mesmo cumprir tarefas escolares/acadêmicas. Que tal repaginar a sua história? Comece falando do jeito certo!

6 Responses

  1. Muito boa sua observação e relevância ao tema, como sempre nos surpreendendo com sua clareza e sutileza em abordar os assuntos.
    Parabéns meu amigo e irmão.
    Um grande abraço.

  2. Perfeito, Diego! E te confesso: na semana passada, recebi uma mensagem através de aplicativo e foi um “sofrimento” para tentar entender o conteúdo da mesma.
    Forte abraço e que Deus te abençoe.

    1. Oi Marco,
      Boa noite!
      Antes de tudo, obrigado pelo comentário.
      Essa é uma realidade que enfrentaremos por muito tempo. Mas a esperança não pode morrer rs.

      Abraços e uma abençoada semana,
      Diego Nascimento

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